domingo, 2 de setembro de 2012

Viver mais e feliz



 

  • Conselhos para tornar o envelhecimento uma etapa produtiva, feliz e com qualidade, pela abordagem da Medicina Biomolecular.
Uma total compreensão do envelhecimento e da longevidade provavelmente é um dos problemas mais difíceis em toda a biologia.
  • Os esforços científicos para entender estes processos nunca foram tão grandes quanto são hoje. É também inegável que hoje populações de países desenvolvidos estão vivendo mais, graças à tecnologia e desenvolvimento cientifico, no entanto este aumento no tempo de vida não está necessariamente associadoa uma melhor qualidade de vida, uma vez que as pessoas mais idosas estão igualmente mais medicadas, escravas de remédios, sofrendo dos males da senilidade.
  • É importante esclarecer que o envelhecimento é um conjunto de modificações orgânicas que resultam num desgaste diretamente proporcional ao tempo vivido e, sobretudo, à maneira como se viveu. Não é sinônimo de senilidade ou doença, mas corresponde a mudanças e crescimento. Mesmo sabendo que inevitavelmente, como qualquer outro sistema que sofra os efeitos da coordenada tempo, também nosso sistema,começa a se degradar a uma certa altura e, a resvalar para a decomposição. A este processo chamamos “entropia”, sendo que o único fenômeno que se rebela e resiste à entropia é a vida. A verdadeira vitória contra a entropia biológica ou envelhecimento consiste em afirmar, firmar e promover a vida. A proposta da medicina moderna, aqui enfocada, para desativar os mecanismos da senescência, envolvem condutas terapêuticas no sentido de revitalizar, desintoxicar e, otimizar as funçõesdo nosso organismo. Porém nāo podemos esquecer que este é um organismo que pensa ou pelo menos deveria ter consciência pois é dotado de inteligência. Que apesar de possuir fatores genéticos, que podem estar contra ou a favor da aceleração do envelhecimento, precisamos oferecer a opção de um melhor gerenciamento dos processos que vitalizam a existência, objetivando desfrutar de saúde e programar uma velhice tardia, saudável, criativa e feliz.
  • O desejo de prolongar a vida, retardar ou tentar controlar o envelhecimento é inerente ao ser humano.
Faz parte de sua busca pela felicidade completa, pois o homem não tolera os limites impostos pela doença ou pela morte.
O envelhecimento geralmente corresponde a uma fase progressiva do ciclo vital de qualquer organismo que sofra a influência da coordenada TEMPO.
  • Representa o conjunto de modificações que ocorrem no organismo, como conseqüência do tempo vivido e, ainda assim, do modo como se viveu.
  • Envelhecimento não significa senilidade, doenças e perda da alegria, corresponde também à Mudanças e Crescimento.
  • Senilidade é uma visão distorcida, unilateral e pessimista de todo o processo, corresponde à deterioração física e mental, associada a uma baixa qualidade de vida.
  • Como fazer para que possamos aproveitar tudo o que vivemos e, nos trouxe sabedoria, sem perder a capacidade física e mental?
  • Basicamente a Medicina Biomolecular é uma medicina preventiva cujo foco é o equilíbrio bioquímico, como o qual o organismo pode fazer frente contra os agentes promotores das doenças e que também podem acelerar o processo do envelhecimento.
  • Restaurando a capacidade funcional de qualquer organismo estamos de fato oferecendo uma possibilidade de melhor saúde e mais qualidade de vida.
Envelhecimento:

Representa a perda progressiva da capacidade de se auto-restaurar, perda da homeostase ou perda da reserva funcional.

  • Associada a uma maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos.
  • O envelhecimento resulta de episódios prejudiciais às funções corporais, entre elas as enfermidades, stress, alimentação inadequada, poluição ambiental ou física e muitos outros. Cada enfermidade ou tensão que o corpo enfrenta reduz a capacidade funcional adequada e acelera o envelhecimento.
  • Cada doença evitada prolonga o tempo e a qualidade de vida.
  • Diminuindo o ritmo de degeneração do corpo, adiamos o esgotamento de nossos estoques de vitalidade.
O envelhecimento é causado por alterações moleculares e celulares que resultam em perdas funcionais progressivas, além de umaumento nos processos oxidativos e inflamatórios.
Habitualmente pessoas que aparentam menos idade usualmente são realmente mais jovens em termos biológicos, portando é muito interessante observar que muitas vezes a Idade biológica pode não corresponder à idade cronológica ou à idade psicológica, sendo esta uma ferramenta importante no retardo ao envelhecimento.
Idade cronológica diz quantos anos você tem, segundo o calendário. Idade biológica diz qual a idade do seu corpo, em termos de sinais críticos da vida e processos celulares.
Idade psicológica nos diz qual a idade que você sente que tem.
A importância de avaliarmos corretamente a idade biológica e psicológica de um individuo, mostrará a eficácia ou não de um protocolo que retarde o envelhecimento.
Dentro de um protocolo de retardo ao envelhecimento devemos avaliar a ocorrência de processos comuns ao envelhecimento, além de valorizar alguns fatores que afetam o status nutricional na 3ª idade, dentre os quais destacamos uma diminuição na acuidade do paladar, olfato e visão, podem interferir com o ato de comer e ter prazer com a comida.
Perda dos dentes ou dentaduras mal ajustadas, também prejudicam a adequada digestão.
Menor capacidade digestiva.
A digestão e a absorção dos nutrientes são afetadas pelo decréscimo na secreção do ácido clorídrico.
Dificuldade no esvaziamento gástrico.
Decai a secreção de enzimas no intestino delgado, assim como declina o peristaltismo, tornando o movimento intestinal mias lento.
Perda do equilíbrio no ecossistema intestinal, denominada de Disbiose.
Desequilíbrio do eixo neuro-hormonal.
Diminuição e desequilíbrios nos níveis hormonais. Aumento na produção de cortisol e de insulina. Alterações da tireóide. Declínio na atividade imunológica. Aumenta a incidência de processos inflamatórios tendo como conseqüência uma maior incidência de disfunção endotelial, ou seja maior ocorrência de doença vascular. Pesquisas recentes sugerem que um dos fatores que influenciam o envelhecimento é um estado inflamatório crônico e insidioso.
Aumentam os processos oxidativos, e o aparecimento de produtos de glicação protéica resultam em uma “caramelização” dos tecidos, cujo resultado é uma alteração irreversívelna configuraçãodas proteínas, chamada de reação de Maillard.
Estas proteínas alteradas são chamadas de AGEs, (produtos finais da glicação avançada).
A formação das AGES envolve oxidação, e a .
presença de AGES induz um maior stress oxidativo.
As AGEs promovem desorganização e degeneração dos tecidos.
Este fenômeno chamado de glicação protéica modifica a permeabilidade das membranas celulares, prejudicando a multiplicação celular e a regeneração molecular, incluindo a regeneração do DNA.
As AGEs estão implicadas em muitas doenças, associadas ou não, ao envelhecimento ( Câncer, Alzheimer, cataratas, doenças cardíacas, S. de Down, diabetes, degenerações neurológicas, degenerações celulares, rugas, envelhecimento em geral).
Alto consumo de Carbohidratos refinados (açúcar, arroz branco, farinha branca e outros) aumentam a formação de AGES.
Quanto mais a se come produtos refinados e açúcares, mais os tecidos ficam caramelizados, ou seja endurecidos, sem flexibilidade.
Todos estes processos dão chance ao aparecimento de doenças degenerativas, como a aterosclerose, diabetes, câncer, doenças autoimunes e envelhecimento precoce.
Promove também maior dificuldade de desintoxicação ou detoxificação, favorecendo o acúmulo de toxinas no organismo, o que por sua vez facilita a ocorrência de inlflamação e oxidação.
Supõe-se que um estado nutricional adequado e estilo de vida saudável tem claramente aumentado o número de pessoas que conseguem envelhecer com qualidade de vida.
Fatores relacionados ao comprometimento nutricional no idoso.
Indivíduos idosos estão mais propensos à desnutrição proteico-calórica, vitamínica e de minerais.

As principais causas da desnutrição dos idosos:

Ingestão alimentar diminuída.
Mudanças nas necessidades de nutrientes.
Má absorção.
Disbiose (desequilíbrio no ecossistema intestinal).
Alcoolismo.
↑ Catabolismo (em conseqüência perda de massa muscular).
Interação com medicamentos.

Menor reserva de nutrientes (menor armazenagem).
Menor conversão de vitaminas para suas formas ativas.
Dentre as possíveis causas de subnutrição em idosos, não podemos nos esquecer que estes indivíduos habitualmente estão medicados e poderão estar utilizando :
Drogas que afetam a ingestão de alimentos ou que interferem na absorção, utilização ou excreção de nutrientes.
Depleção nutricional induzida por medicamentos ou ervas:
A automedicação, incluindo o uso de ervas medicinais ou não, é prática comum e aceita por toda a sociedade.
As ervas usualmente são seguras, quando usadas com responsabilidade e orientação. Algumas ervas possuem princípios tóxicos que podem causar efeitos colaterais e potencializar ou interagir com drogas farmacêuticas, estando até contra indicadas em certas condições. Podem também depletar vitaminas e outros nutrientes quando ministradas por curtos ou longos períodos, dependendo da condição clínica e histórico individual, com conseqüências negativas para a saúde, principalmente no idoso.
Doenças que reduzem o apetite, diminuem a absorção e/ou utilização de nutrientes ou ainda que aumentam as necessidades nutricionais.
Outros fatores contribuintes:
Nas ultimas décadas, houve um aumento na oferta da variedade de alimentos, porém, com redução na qualidade nutricional destes, causadas por vários fatores, cujos principais são:
- Empobrecimento da quantidade de nutrientes do solo
- Forte presença de produtos químicos nas lavouras
- Contaminação das águas, tanto para irrigação quanto para o consumo
- Perda nutricional causada por armazenamento, transporte e manuseio impróprios
- Perda de nutrientes e contaminação química causadas pela industrialização dos alimentos
Atualmente, existem mais de 2000 substâncias químicas sendo utilizadas nos alimentos industrializados. Estas substâncias podem causar reações adversas no nosso organismo, principalmente se consumidas com freqüência.
Estes aditivos são classificados pelas seguintes funções: acidulantes, antioxidantes, antiumectantes, aromatizantes, conservantes, corantes, estabilizantes, espessantes, umectantes e uma grande utilização de temperos prontos para realçar o sabor dos alimentos.
Em paralelo, nosso organismo sofreu modificações neste período, passando a exigir uma maior quantidade de nutrientes para lidar com os desequilíbrios gerados por situações como:
- Poluição ambiental
- Stress físico e emocional
- Maior consumo de alimentos com fatores antinutricionais
- Maior consumo de alimentos industrializados
- Stress oxidativo
Deficiências mais comuns a partir da meia idade:
Calorias, proteínas, fibras, líquidos.
Cálcio, magnésio, potássio, zinco, cromo, cobre, selênio, biotina, vitamina A, CoQ 10, vitamina D, vitamina B1, B2, B6, B12, ácido fólico e Vitamina C.
O Que Fazer?
Dentro de um protocolo de retardo ao envelhecimento valorizamos:
Boa nutrição – melhora a saúde geral, fortalecendo os mecanismos naturais de proteção ao corpo.
Atitudes mentais positivas– indivíduos longevos e saudáveis são, em geral, pessoas motivadas para a auto-realização, através de atitudes mentais positivas e bom humor.
Uma atitude positiva ante a vida proporciona maior felicidade e melhor estado de saude, segundo pesquisa realizada pela Universidade da California em San Diego.
O estudo põe em evidência que o otimismo e a atitude positiva para enfrentar as adversidades são mais importantes para conseguir um envelhecimento feliz, que as medições tradicionais.
Uma nova percepção do envelhecimento que põe fim à crença de que o bom estado físico apenas é sinônimo de um envelhecimiento ótimo.
Estudos realizados com populações longevas mostram que as mesmas possuem boa nutrição, bom humor, são produtivas, não apresentam doenças autoimunes.
Estratégias para saúde ideal
Condutas praticas:
Evite tensões desnecessárias.
Trabalhe no que gosta, se for possível, ou goste do que faz.
Seja feliz com sua família e seus amigos.
Saiba administrar a emoção, através da razão.
Não deixe de se exercitar.
Tenha pensamentos positivos.
Mantenha alguma atividade produtiva.
Durma bem, procure ter um sono restaurador.
Cuide do aparelho digestivo.
Dieta inteligente.
Reduzir consumo de açúcar e refinados.
Elimine hábitos nocivos (excesso de álcool ou fumo, comida demais)
Se for necessário, elimine metais tóxicos ou toxinas, do organismo.
Faça uso de suplementos, com moderação e orientação médica.
Condutas médicas:
Orientar cada caso individualmente, respeitando as necessidades gerais, tentar instituir medidas terapêuticas e nutricionais especiais que estimulem ou ativem as funções sexuais, cerebrais e vasculares
Respeitar a individualidade de cada paciente.
Garantir a absorção e biodisponibilidade dos nutrientes.
Hidratar os tecidos.
Garantir as capacidades motora e cognitiva.
Orientar para se evitar isolamento.
Incentivar a auto estima.
Estimular a pratica de exercícios regulares.
Manter algum interesse produtivo.
Manter a atividade mental.
Os grupos populacionais mais longevos têm em comum fatores genéticos, exercícios contínuos, produtividade e respeito.
Apesar de a herança genética desempenhar um papel importante, até mesmo essencial na determinação da longevidade, as opções que fazemos sobre como viver afetam nitidamente o resultado final.

Referências Bibliográficas:

CRUZ IBM. Genética do envelhecimento,
da longevidade e doenças crônico degenerativas associadas à idade. In: Freitas E, Py L, Néri AL, et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2002. pag.20-57.

HAYFLICK L. Como e porque envelhecemos.
2.ed. Rio de Janeiro: Campus; 1997.

TERRA NL. Intervenções antienvelhecimento.
In: Terra NL, Dornelles B, organizadores.
Envelhecimento bem sucedido. 2a ed. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2003. pág.77-90.

Povoa H. A chave da longevidade. 1ª ed. Ed. Objetiva. 2000.

domingo, 8 de julho de 2012

Dietas ricas em alimentos processados podem causar problemas de comportamento e aprendizado em crianças



Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, chegaram à conclusão de que dietas com predomínio de alimentos processados causam mau comportamento e dificuldades de aprendizado em crianças. Os pesquisadores acreditam que os alimentos com baixo valor nutricional, conhecidos como junk food , além de não possuir quantidade suficiente de vitaminas, minerais e gorduras essenciais, reduzem a absorção de nutrientes que melhoram a concentração. Segundo a pesquisa, milhares de crianças sob medicação para combater déficit de atenção poderiam apresentar grande melhora somente modificando a alimentação.

O estudo envolveu mais de 100 crianças inglesas com problemas de coordenação e mostrou que fornecer gorduras essenciais, como as encontradas em peixe e sementes, aumenta a capacidade cerebral. A habilidade de aprender e o comportamento das crianças que receberam suplementação dessas gorduras em suas dietas melhoraram consideravelmente. Alguns resultados foram registrados apenas três meses após a suplementação. As crianças receberam diariamente suplementos ricos em gorduras essenciais omega-3, que são vitais para o desenvolvimento cerebral, porém foram reduzidas drasticamente da dieta da maioria das pessoas nas últimas decadas.

Na pesquisa, cerca de 40% das crianças que utilizaram os suplementos de omega-3 apresentaram uma enorme melhora na capacidade de leitura e soletrar palavras. Além disso, também houve melhora na concentração e comportamento. O estudo envolveu 117 crianças com idade entre 5 e 12 anos, consideradas com capacidade mental normal, porém com dificuldades de aprendizado e suspeitas de possuírem dispraxia, uma condição que afeta a coordenação. Metade das crianças recebeu suplementos de omega-3 em cápsulas por três meses e o restante do grupo teve um tratamento placebo com cápsulas azeite.

As crianças que tomaram omega-3 fizeram progressos comparados a 10 meses em apenas três meses, enquanto as outras não apresentaram mudança significativa. O mesmo aconteceu quando os grupos foram invertidos. Após três meses de suplemento, metade das crianças demonstrou uma melhora tão significativa que puderam ser classificadas como normais, sem os problemas detectados no início do estudo. Os pesquisadores, coordenados pela médica Alexandra Richardson, do Departamento de Fisiologia da Universidade de Oxford, temem que dietas pobres possam prejudicar permanentemente o desenvolvimento cerebral em crianças.
Fonte: Life Extension Foundation

sábado, 9 de junho de 2012

Humor é coisa séria.

Riso, humor e ciência.
Uma característica fascinante do humor é o reflexo dele no outro. Se você quiser estar ao lado de alguém em bom estado de humor, ajuste primeiro o seu. Desta forma, você já recebe a sua primeira recompensa: uma agradável sensação de bem estar, que permitirá você pensar e fazer coisas boas, e amenizar as coisas ruins.
Esta sensação é refletida no outro, que passa para o outro, e assim por diante.
Esta "cadeia da alegria" começa cedo na vida, ou melhor, MUITO cedo.
Alguns trabalhos sugerem que o psiquismo fetal já estaria esboçado no período uterino e que experiências ocorridas nessa época teriam efeitos emocionais profundos sobre o desenvolvimento infantil.
Em anexo, observamos imagens impressionantes dos reflexos do estado de humor materno sobre o feto.



Referência
Santos, B.P. De ouvidos bem atentos - Mente e Cérebro - Especial bebê pp82-89

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vegetais podem conferir proteção ao câncer

Pesquisadores norte-americanos encontraram que dieta rica em vegetais crucíferos alterou beneficamente a comunidade bacteriana do intestino humano comparada com dieta sem vegetais e sem fibras, trazendo proteção contra diversos tipos de cânceres do trato gastrintestinal.

Doze homens e cinco mulheres saudáveis, com idades entre 20 e 40 anos e índice de massa corporal (IMC) dentro da faixa de normalidade (18,5 a 24,9 kg/m2) participaram deste estudo. Não poderiam participar do experimento aqueles que apresentassem alguns dos seguintes critérios de exclusão: desordens gastrointestinais, alergia ou intolerância a algum alimento utilizado no estudo, uso de antibiótico nos três meses antecedentes ao estudo, uso de medicamentos e constipação grave que necessitasse tratamento médico.

Todos os participantes consumiram duas dietas diferentes durante 14 dias cada uma, com intervalo de 21 dias entre elas. As dietas foram calculadas para ofere cer proporções similares de macronutrientes, com exceção à quantidade de fibras alimentares:

• Dieta basal (DB): dieta base, privada de frutas, vegetais e alimentos integrais

• Dieta vegetal (DV): dieta base com adição de 14 g/kg peso corporal/dia de vegetais crucíferos (brócolis, couve-flor, repolho verde e roxo)

Embora cada indivíduo apresentasse uma comunidade bacteriana intestinal particular, as análises mostraram que houve diferença significativa entre a estrutura da comunidade bacteriana intestinal dos participantes quando se alimentaram da DB comparada com a DV.

“Os vegetais crucíferos são ricos em alguns componentes dietéticos, como as fibras alimentares (celulose, hemiceluloses e pectina) e outros componentes como as lignanas (esteróide vegetal de ação análoga ao estrógeno em mamíferos) e os glucosinolatos (fitoquímico), que servem como substratos metabólicos para algumas bactérias do intest ino humano”, relatam os autores.

Os vegetais crucíferos conferem proteção contra o câncer, especialmente os cânceres do trato gastrointestinal, bexiga, próstata e pulmão. Isto porque as bactérias intestinais que se “alimentam” dos componentes desses produtos alimentícios suprimem o crescimento de células tumorais. Além disso, um componente presente nesses alimentos, o isotiocianato (produto da hidrólise dos glucosinolatos), apresenta propriedades anticarcinogênicas, contribuindo ainda mais com esta proteção.



Referência(s)

Li F, Hullar MA, Schwarz Y, Lampe JW. Human gut bacterial communities are altered by adition of cruciferous vegetables to a controlled fruit- and vegetable-free diet. J Nutr. 2009;139(9):1685-91.

sábado, 21 de abril de 2012

A importância do consumo de Óleo de Coco Extra Virgem,

A agitação, a mídia,e as demandas das grandes cidades tem provocado mudanças significativas nos hábitos alimentares da população brasileira nos últimos anos.
As alterações no perfil alimentar dos brasileiros estão diretamente ligadas às transformações econômicas, sociais e demográficas que aconteceram no País nas últimas décadas. Em um Brasil mais urbano e com grandes exigências de cumprimento das jornadas profissionais, as pessoas dispõem de menos tempo para realizar suas refeições.
Historicamente, a cultura alimentar no Brasil teve sua origem na Colonização portuguesa, sofrendo inicialmente a influência de três raças: a branca, com a chegada dos portugueses nas terras brasileiras, a indígena, o encontro com o povo local e, a negra, vinda com os escravos que eram trazidos  da África.
Mais tarde sofreu ainda a influência de outros povos imigrantes, árabes, asiáticos  e outros europeus.
A transição nutricional ocorrida neste século resultou na chamada “dieta ocidental” caracterizada pelos altos teores de gorduras, principalmente de origem animal, de açúcar e alimentos refinados e baixos teores de carboidratos complexos e fibras.
Trazendo em consequencia um maior numero de doenças crônico   degenerativas, demandando maiores preocupações para a saúde pública.
No geral observou-se um aumento no consumo de  carbohidratos refinados e de ácidos graxos saturados e poliinsaturados.Dependendo da região do país, em maior ou menor grau.
O próprio óleo de côco era muito utilizado  na nossa culinária, com o tempo foi substituído pelos óleos vegetais como os de soja, milho e algodão, em nome da nossa saúde. Acreditava-se que o óleo de côco, por ser gorduroso, era prejudicial à saúde.
Hoje a ciência vem resgatando antigos hábitos nutricionais, incluindo o óleo de coco.
Alguns benefícios relatados em artigos publicados nos  últimos anos:
Rico em proteínas e fibras, possui diversos outros constituintes que são extremamente benéficos para a saúde.
O óleo de coco possui os seguintes ácidos graxos: ácido capróico 0,3-0,8%, caprílico 5,5-9,5%, cáprico 4,5-9,5%, láurico 44-52%, mirístico 13-19%, palmítico 7,5-10,5%, esteárico 1-3%, araquídico até 0,04%, oléico 5,8%, linoléico 1,5-2,5%.é rico em óleos saturados, em especial ácido láurico e mirístico e contém uma grande porcentagem de glicerol.
O glicerol é importante para o organismo, pois com ele o corpo produz ácidos graxos saturados ou insaturados, de acordo com suas necessidades.
O Óleo de Coco Extra Virgem possui ação termogênica que irá acelerar o metabolismo, gerando calor e queimando calorias. (Obesity Research, 2003; The Journal of Nutrition, 2002).
Ajuda a manter os níveis de insulina estáveis, resultando em sensações de saciedade e diminuindo a compulsão pelo consumo de doces e carboidratos em geral.
(Journal Indian Medical Association, 1998; Bruce Fife's book The Coconut Oil Miracle, 2004                                           
O óleo de coco, assim como a gordura do peixe, diminuem as concentrações de substâncias pró-inflamatórias no organismo, tais como TNF-alfa, Interleucina-1-beta e Interleucina-6.
Ainda aumenta a produção no organismo da citocina antiinflamatória Interleucina-10, possuindo portanto  ação duplamente antiinflamatória.
Ação antioxidante, devida em grande parte pela presença de  vitamina E, na forma de tocotrienóis e tocoferóis.
Possui ação imunomoduladora, antiviral e antimicótica.
Cerca de 50% dos ácidos graxos do óleo de côco são ácido láurico.
Ácido láurico é um ácido graxo de cadeia média, que é transformado em monolaurina no corpo humano.
Monolaurina é antiviral, antibacteriana e destrói vírus revestidos de lipídeo, como o HIV, o vírus do herpes, citomegalovírus, da gripe, diferentes bactérias patogênicas incluindo Listeria monocytogenes e Helicobacter pylori, e protozoários como a giárdia.
Em um artigo publicado no “ Indian Coconut Journal” em setembro de 1995, a Dra Mary Enig afirmou :
“O reconhecimento da atividade anti-microbiana da monolaurina tem sido registrada desde 1966. O trabalho embrionário pode ser creditado a Jon Kabara. Essa pesquisa anterior foi direcionada para os efeitos virucidais por causa dos possí­veis problemas relacionados com a preservação de alimentos. Alguns dos antigos trabalhos de Hierholzer e Kabara (1982), que mostravam os efeitos virucidais da monolaurina sobre ví­rus envolvidos em RNA e DNA, foram elaborados em conjunto com o Centro de Controle de Doenças do Serviço Público de Saúde Americano, com protótipos selecionados ou reconhecidos como envolvidos em membranas de lipí­dios de grande rigidez.”
A Dra. Enig afirmou em seu artigo, que a monolaurina, cujo precursor é o ácido láurico, destrói a membrana de lipí­dios que envolve o ví­rus bem como torna inativas bactérias, leveduras e fungos.

Diferentemente da gordura saturada das carnes, por exemplo, a do côco se compõe de ácidos graxos de cadeia média, considerados benéficos porque não são armazenados nas células – vão direto para o fígado e viram energia.
Daí a importância da não substituição da gordura por consumo excessivo de carboidratos, o que pode causar dislipidemias e aumento dos triglicerídeos e LDL. Mas sim o uso equilibrado dessa gordura saturada, que pode ‘compensar’ o consumo e necessidade de outros alimentos que causam ganho de peso, inclusiveO óleo de coco natural, ao provocar um aumento no HDL (bom colesterol), ajuda na prevenção de arteriosclerose e de doenças do coração.
Livre de gordura trans possui alto teor de ácidos graxos de cadeia média (ácido láurico), idênticos aos encontrados no leite humano.

Estudo epidemiológico elaborado por Kaunitz e Davrit (1992) em sociedades que se utilizavam do coco como alimento, onde se confirmou por um estudo da população, que uma dieta rica em óleo de coco não leva a um aumento dos índices de colesterol, nem das doenças coronarianas. Vale ressaltar que nessa sociedade não houve qualquer consumo de óleos hidrogenados. Apenas óleo de coco natural.

A Dra Mary Enig registrou que os efeitos do óleo de coco em pessoas com baixo ní­vel de colesterol é justamente o contrário daqueles com um alto ní­vel. As pessoas com uma baixa contagem de colesterol, deverão apresentar um aumento de colesterol sanguí­neo, do colesterol LDL e especialmente do colesterol HDL. Já as pessoas com alto ní­vel de colesterol apresentarão uma redução dos ní­veis de colesterol total e colesterol LDL.

Óleos ricos em ácido láurico, como o de coco, têm boa demanda na indústria de alimentos e na quí­mica, devido a sua “baixa rancidade”, sua facilidade de derreter e sua habilidade de formar emulsões estáveis e espuma. Esses fatores têm levado o óleo de coco a ser usado como óleo de cozinha, gordura vegetal, substituto de gordura do leite em margarinas, biscoitos, bolos, sorvetes e cremes para bolos, também substituto da manteiga de cacau. Aliado a isso, o óleo de coco tem um maior “grau de digestibilidade”, que qualquer gordura, incluindo a manteiga e isso é devido a seu alto percentual de glicerí­dios assimiláveis (91%). Por isso foi usado como substituto da manteiga, especialmente na confecção de margarina, porém com a introdução de óleos hidrogenados na confecção de margarina e gorduras vegetais, o óleo de coco perdeu seu lugar privilegiado na indústria alimentí­cia, especialmente a partir da preocupação de usar óleos poli-insaturados para evitar as doenças coronárias, por aumento do colesterol. No entanto, estudos feitos com grupos na Polinésia, que utilizam grande quantidade de óleo de coco na sua comida, encontraram uma menor taxa de gordura no sangue que o grupo que consumia uma dieta no estilo europeu. Por isso o consumo de gorduras saturadas ou insaturadas na influência do ní­vel de colesterol no sangue, ou de doenças coronárias, deve ser analisada no contexto geral da dieta e do estilo de vida das pessoas.
                                          
A dose terapêutica diária deveria corresponder à  uma dieta rica em 24 gramas de acido láurico diariamente.
Essa quantidade corresponde a aproximadamente 3,5 colheres de sopa de óleo de coco.


Dra Maria Elizabeth Ayoub.


Referências:


Maria Djiliah C. A. Souza e Priscilla Primi Hardt. Evolução dos hábitos  alimentares no Brasil.  Brasil Alimentos nº 15, agosto 2002.

Kabara, J.J. Antimicrobial agents derived from fatty acids. Journal of the American Oil Chemists Society 1984;61:397-403.

Mary G. Enig, PhD. More Good News on Coconut Oil.  December 2006.


Blackburn GL, Kater G, Mascioli EA, Kowalchuk M, Babayan VK, kBistrian BR.  A reevaluation of coconut oil's effect on serum cholesterol and atherogenesis. The Journal of the Philippine Medical Association 1989;65:144-152.

Enig MG. Diet, serum cholesterol and coronary heart disease, in Mann GV (ed): Coronary Heart Disease: The Dietary Sense and Nonsense. Janus Publishing, London, 1993, pp 36-60.

Enig, MG.  Lauric oils as antimicrobial agents: theory of effect, scientific rationale, and dietary applications as adjunct nutritional support for HIV-infected individuals.  in Nutrients and Foods in AIDS (RR Watson, ed) CRC Press, Boca Raton, 1998, pp. 81-97.

Enig MG, Atal S, Sampugna J and Keeney M. Isomeric Trans Fatty Acids in the U.S. Diet. Journal of the American College of Nutrition 1990;9:471-486.

Florentino RF, Aquinaldo AR. Diet and cardiovascular disease in the Philippines. The Philippine Journal of Coconut Studies 1987;12:56-70






 













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ORÉGANO (ORIGANUM VULGARE ) : uma especiaria com poderosa atividade antimicrobiana e antifúngica.

                                                              Origanum vulgare L.

Quem diria, não serve só para fazer pizza!
As espécies do Origanum são nativas da Europa e Ásia, pertencente à Família Lamiaceae.        É uma erva perene e aromática, muito utilizada na cozinha do Mediteraneo. As partes usadas são as folhas. Condimentos e especiarias eram muito consumidos pelas populações desde a antiguidade para melhorar o sabor de alimentos e bebidas. É considerado um dos mais antigos conservantes alimentares que se tem notícia. Os antigos assim o utilizavam evitando que houvesse a deteriorização precoce do alimento, assim como para evitar a formação de bolores. A palavra orégano (de Origanum) tem origem grega e significa “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva tinha o poder mágico de trazer felicidade. Os egípicios aproveitavam também as características preservativas destes temperos; as propriedades dos óleos essenciais de cravo, canela e cássia foram empregadas no processo de mumificação de seus mortos. Também além do seu tradicional uso na culinária, o orégano possui propriedades medicinais conhecidas desde remotas eras.

Hippócrates usava o Orégano para a cura de diversas enfermidades como cólicas intestinais, doenças respiratórias e problemas menstruais. Séculos depois, Paracelsus usava o mesmo Orégano para trata diarréias, psoríase, vômitos, icterícia e infecções fúngicas.

Devido ao interesse em substituir os antioxidantes sintéticos pelos antioxidante naturais, diversos pesquisadores também estão a procura de condimentos e ervas aromáticas com potencial para uso como antioxidantes em alimentos.

Orégano e seus produtos derivados como extratos de diferentes naturezas, óleo essencial e seus constituintes químicos, têm mostrado eficiência no combate do crescimento e sobrevivência de bactérias e fungos contaminantes de alimentos, bem como inibindo a produção de toxinas microbianas.
Origanum vulgare L. (orégano) têm sido reconhecido como uma espécie vegetal possuidora de várias propriedades terapêuticas, de modo que atualmente seu potencial antimicrobiano vem recebendo um grande interesse pela comunidade científica.

Os resultados da pesquisa feita em 1910 por WH Martindale, levou o a concluir que “o óleo essencial de orégano é o mais poderoso anti-séptico de origem vegetal conhecidas.”

Óleo de orégano possui poderosas propriedades antiviral, antifúngicas e anti-parasitárias.

A procura por princípios ativos oriundos das plantas tem despertado interesse em função da grande diversidade de compostos com possível ação antimicrobiana, já que algumas espécies de Candida já desenvolveram resistência aos antifúngicos disponíveis (Lacaz et al., 2002; Silva et AL.; 2002). Foram publicados diversos estudos sobre as propriedades antimicrobianas do óleo de orégano, in vitro, em 25 estirpes bacterianas estudadas, o óleo de orégano inibia 19, mostrava uma boa atividade contra 4 delas e era incapaz de impedir o crescimento de 2 delas; in vitro, o carvacrol exercia as suas propriedades antifúngicas contra a candidíase e sobre uma candidíase oral induzida experimentalmente em ratos imuno deprimidos, o que sugere que pode constituir um tratamento eficaz da candidíase oral; testado num modelo de levedura Saccharomyces cerevisiae, o óleo de orégano danifica de forma significativa a superfície das células tratadas; nos ratos, o óleo combate a infecção causada pelo Sstafilococus áureus de forma mais eficaz do que um antibiótico. Protege igualmente com sucesso contra a infecção os animais nos quais foi injetada a levedura de cândida. Foi evidenciado efeito fungistático e fungicida do óleo em concentrações na faixa de 5,8 a 46 μg/ml

Foi também observado que a sua composição química interfere nos resultados.

Constituintes

Os principais constituintes ativos são dois agentes fenólicos monoterpenóides, CARVACROL e TIMOL.

Possui ainda, flavonóides, ácido rosmarínico, triterpenos (e.g. ácido oleanóico, ursólico, 4-terpineol, g-terpineno), esteróis, vitamina A e vitamina C, cálcio, magnésio, zinco, ferro, potássio, cobre, boro e manganês.

Carvacrol e Timol são os responsáveis pelos efeitos antimicóticos e antimicrobianos.

Ambos constituem 70 a 90% dos ativos encontrados no óleo

Mecanismo de ação

O Carvacrol, em particular tem a propriedade de inibir o crescimento de Cândida albicans. O Timol estimula resposta imune.

Em conjunto atuam também como varredores de radicais livres.

Estes princípios ativos atuam sinergisticamente, portanto previnem danos teciduais enquanto favorecem a cura.

Observação:

Cepas de fungos resistentes ao orégano são raras. Devido à sua poderosa ação antifúngica, é capaz de destruir formas mutantes de leveduras resultantes do uso prolongado de antibióticos, e ou antifúngicos

Outros efeitos e indicações:

Efeito relaxante no músculo liso.

Ação antiparasitária (neutraliza protozoários). Diarréia, flatulência, má digestão, halitose.

Previne crises alérgicas.

Ação antinflamatória e descongestionante.

Micoses superficiais (pé de atleta, onicomicose), uso tópico.

Como coadjuvante no tratamento da psoríase.

Dermatites e seborréia.

 Seu uso pode ser tópico ou via oral.

Tratamento da Candidíase:

Para o tratamento de dessensibilização à Cândida, o tratamento deve ser por via oral, na forma de óleo, de preferência encapsulado, cuja padronização deve ser de 70 a 90 % em Carvacrol e Timol, pelo período mínimo de três meses, associado a outras condutas, tais como orientação alimentar entre outras.
Nas Candidíases vaginais podem ser feitos banhos de assento com uma espécie de chá de orégano, bem concentrado.

Contra indicações: Gravidez primeiro trimestre (risco de aborto).


Autor: Dra Maria Elizabeth Ayoub

Referências Bibliográficas:

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Zanandreia I, Santos J, Ludwig J, Bosenbecker VK, Bobrowski VL, Moura AB. Atividade antifúngica do óleo essencial de orégano (Origanum vulgare L.) testado contra fungos patogênicos do arroz. III - crescimento micelial de fungos em meio líquido. 55 Congresso Nacional de Botânica(CD).

Santos J, Zanandrea I, Ludwig J, Bosenbecker VK, Boborowski VL, Moura AB. Atividade antifúngica do óleo essencial de orégano (Origanum vulgare L.) testado contra fungos patogênicos do arroz. IV - crescimento micelial de fungos em placas sobrepostas. Fitopatologia Brasileira 2004 (suplemento); 29: 200-01.

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domingo, 15 de abril de 2012

Óleo de peixe pode melhorar a força muscular


O óleo de peixe rico em ácidos gordos poliinsaturados (omega-3),  têm demonstrado um papel importante na membrana plasmática e função das células dos músculos. CL Rodacki, da Universidade Federal do Paraná (Brasil), e seus colegas estudaram 45 mulheres, com a média de idade de 64 anos, todos elas envolvidas em um regime de treinamento de força por 90 dias. Quinze das participantes do estudo receberam 2 g de óleo de peixe (0,4 g EPA e DHA 0,3 g) por dia durante os 90 dias de treinamento, e mais 15 mulheres receberam óleo de peixe durante 60 dias anteriores ao treinamento de força, bem como durante os 90 dias de treinamento. Entre as mulheres suplementadas com o de óleo de peixe, os pesquisadores observaram uma melhora no torque muscular, bem como melhor desempenho em cadeira de aumento exercícios. Informando que: "A inclusão da suplementação do óleo de peixe causou grande melhora na força muscular e capacidade funcional, em mulheres idosas”.

Fonte:

The American Journal of Clinical Nutrition

sábado, 14 de abril de 2012

Estresse e obesidade: causa ou conseqüência?

Pesquisadores da Noruega mostram que dieta e falta de exercício não são suficientes para explicar aumento da obesidade.

O estresse pode levar a obesidade e ser obeso pode gerar estresse. É o que sugerem cientistas da Noruega, que afirmam que a dieta e a falta de exercício não são suficientes para explicar o aumento mundial da obesidade.
"O estresse é um dos muitos outros fatores que podem contribuir", afirma o biólogo humano Brynjar Foss da University of Stavanger, na Noruega.
Comer mais alimentos ricos em gordura, sal e açúcar, combinado com atividade física reduzida, tem sido destacado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como as principais causas da obesidade.
Os médicos têm prescrito, portanto, emagrecimento e exercício físico. Isto é seguido pela mídia e pelos setores comerciais que promovem o treinamento, a dieta e o aconselhamento do estilo de vida.
Causa ou consequência?
Brynjar Foss e o cientista do esporte Sindre M. Dyrstad focaram a atenção sobre esta questão com o artigo Estresse na obesidade: causa ou consequência? publicado na Medical Hypotheses.
Os pesquisadores reviram uma série de estudos, que mostram que os níveis de ganho de peso e de cortisol (o hormônio do estresse) são visivelmente maiores nas pessoas que engordarm por causa do estresse.
"Se você tem altos níveis de cortisol, você parece ganhar peso mais facilmente", diz Foss. Ele e Dyrstad sugerem que o estresse e a obesidade reforçam-se mutuamente por meio de feedback positivo.
Um círculo vicioso de estresse
Engordar pode potencialmente desencadear a resposta ao estresse que, por sua vez, estimula o ganho de peso adicional.
"Quando você engorda, seu corpo também fica sob estresse. Isso, provavelmente, tem um efeito de auto-reforço - de modo a tornar-se ainda mais gordo", explicou Foss.
Mas a dieta também pode estimular a produção de cortisol, que por sua vez pode desencadear a resposta ao estresse e, assim, combater a perda de peso.
"Se nossa hipótese provar-se correta, isso significaria que você vai ter que quebrar este padrão de estresse se quiser parar o aumento de peso", conclui Foss.

sábado, 7 de abril de 2012

Abuso de esteróides anabolizantes e seu impacto sobre a função tireóidea

A utilização de esteróides anabolizantes por indivíduos que desejam aumentar sua performance física, ou simplesmente para fins estéticos, tem atingido índices alarmantes nas últimas três décadas. Além dos efeitos desejados, uma infinidade de efeitos colaterais já foi bem descrita na literatura, como vários tipos de câncer, ginecomastia, peliosis hepatis, insuficiência renal, virilização, dentre outros. Sobre a função tireóidea, o efeito mais pronunciado em seres humanos é a diminuição da TBG ( Globulina carreadora de tiroxina)  , com conseqüente diminuição sérica de T3 e T4 totais, dependendo, porém, da susceptibilidade da molécula à aromatização e conseqüente transformação em estrógeno. Em ratos, o tratamento com esteróides anabolizantes altera a metabolização periférica dos hormônios tireóideos e também parece causar importante efeito proliferativo sobre as células tireóideas. Assim, fica o alerta acerca dos efeitos de doses suprafisiológicas de esteróides anabolizantes sobre a função tireóidea, reforçando o perigo que a utilização indiscriminada dessas drogas pode causar à saúde.

Fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia.
Rodrigo S. Fortunato; Doris Rosenthal; Denise P. de Carvalho

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dormir com luz acesa pode engordar

 


Ficar exposto durante a noite a uma luminosidade persistente e modificar os horários de alimentação leva a um aumento do peso, mesmo que não se coma mais e que se mantenha o nível de atividade física, revelou um estudo realizado com camundongos nos Estados Unidos. "Apesar de não haver nenhuma diferença no grau de atividade física ou na quantidade de comida consumida cotidianamente, os ratos que viveram com luz durante o ciclo noturno engordaram mais que os outros", observou Laura Fonken, pesquisadora de neurologia da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, principal autora do estudo, publicado no site dos Anais da Academia Nacional Americana de Ciências (PNAS).

Os pesquisadores constataram que os ratos submetidos a uma luz fraca durante a noite por oito semanas tinham, ao fim desse período, um índice de massa corporal cerca de 50% superior que o daqueles que viveram um ciclo noturno normal. Dos ratos submetidos a uma luminosidade constante durante a noite, mas com acesso a comida somente durante as horas normais do dia, nenhum ganhou peso.

Os roedores que puderam comer no momento em que queriam durante o ciclo de 24 horas de luz contínua ganharam muito mais peso, apesar de, no total, não terem ingerido mais comida que os animais do grupo de observação. "Há algo na noite que, com a luz, faz com que os ratos comam em horas inadequadas, o que faz com que não metabolizem direito sua comida", explicou Randy Nelson, professor de neurologia e psicologia da Universidade de Ohio e coautor do estudo. "Se essas observações se confirmarem nos humanos, levam a pensar que comer tarde da noite pode representar um risco particular de obesidade", acrescentou o professor.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cranberry

Vaccinium macrocarpon

Espécie de plantas da família VACCINIUM conhecidas pelas frutas ácidas

Popularmente conhecida como Uva do Monte.

Potente inibidor de adesão de coliformes fecais, Escherichia coli e outros uropatógenos, em células mucosas, principalmente nas mucosas vaginal e uretral.

Tem a propriedade de acidificar a urina.

Rico em proantocianidinas (PACs) e outros antioxidantes.

Possui quantidades dos apreciáveis antioxidantes luteína e zeaxantina.

As proantocianidinas, são as responsáveis pela inibição da expressão de fimbrias da bactéria.

Este poder antiadesivo persiste por cerca de 10 horas, por isso a prescrição deve ser de duas doses diárias.

Diversos estudos indicam que o consumo diário do suco de cranberry, por períodos de três meses a um ano, reduziu a recorrência de infecções no trato urinário em relação ao placebo, sendo que alguns estudos também mostram a eficácia em crianças.

Cranberry tem sido investigado como uma promessa em outros tipos de afecções que incluem a possibilidade de seu uso ser preventivo nas periodontites e nas patologias decorrentes da infecção por H. pylori.

Pode exercer atividade fungistática, e também inibidora de adesão fúngica, sendo considerado um agente coadjuvante no tratamento da candidíase.


Posologia: cápsulas contendo 300 a 400 mg do extrato, 2 a 3 X dia.

Ácido Fólico

Descoberta nos anos 40, o ácido fólico é considerado uma vitamina hidrossolúvel (solúvel em água) que pertence ao complexo B.
Também conhecida como folacina ou folato cuja etimologia provém do latim 'folium' que significa folha.
Também conhecido por vitamina B9, o ácido fólico tem papel relevante na gravidez, além de ser eficiente no combate à anemia e às doenças cardiovasculares

O ácido fólico oferece benefícios ao aparelho cardiovascular, ao sistema nervoso, necessário para a produção de glóbulos vermelhos do sangue, fundamental para a formação do DNA e RNA garante que as células se dupliquem normalmente, na verdade, é necessário para todas as funções que exijam divisão celular. Imprescindível à formação neurológica fetal entre outros. Dada sua grande importância para o ser humano, muitos dos alimentos que hoje consumimos levam ácido fólico adicionado

Este ácido se forma no intestino a partir da nossa flora intestinal. Absorvido principalmente no intestino delgado, logo se distribui pelos tecidos através da circulação sanguínea e se armazena no fígado.
Cabelos (mantém a cor natural)
Com a manipulação dos alimentos, se pode chegar a perder ou destruir mais da metade do conteúdo natural de ácido fólico.

Destruído nas cocções prolongadas em abundante água, com o reaquecimento da comida e também com o armazenamento dos alimentos à temperatura ambiente.
O folato presente nos alimentos de origem animal como fígado de vaca é relativamente estável à cocção.

No entanto o conteúdo de folato de produtos vegetais pode ser perdido até 40% durante a cocção como também durante o armazenamento a temperatura ambiente por longos períodos de tempo.

Deficiência de ácido fólico

A deficiência de ácido fólico pode se manifestar através dos seguintes sintomas:

Anemia megaloblástica (os glóbulos vermelhos imaturos têm um tamanho maior que o normal), baixo peso, falta de apetite, debilidade, palidez, fadiga, náuseas, diarréias, mal humor, depressão, inflamação e rachaduras linguais (glossite), úlceras bucais, taquicardia, atraso no crescimento, cabelos brancos.

Fontes

Alguns exemplos de alimentos ricos em Ácido Fólico: Hortaliças verdes (espinafre, couve, couve flor);cogumelos; em quantidade significativa , sob a forma de poliglutamato, no timo da vitela, nos rins, nos músculos, nos ovos, frangos, queijos, além de outros vegetais como cenoura, ervilhas, batata e germe de trigo além de Levedo de cerveja.
Alfafa germinada, Germe de trigo, Grãos germinados,Hortaliças verdes e Cogumelos. Está presente em fracas doses no leite e praticamente ausente no leite de cabra (daí o perigo de se alimentar os bebês exclusivamente com esse leite).

Situações onde podem ser a necessários suplementos com ácido fólico:

Mulheres em idade fértil, grávidas ou amamentando: uma quantidade adequada deste é fundamental, uma vez que previne defeitos do tubo neural do feto, entre eles a espina bífida e a anencefalia. Todas as mulheres que tomam suplementos de ácido fólico antes da concepção reduzem em uns 50% os riscos de defeitos neurológicos no futuro bebê.
Iniciar a suplementação 3 meses antes de engravidar ou 3 meses antes de parar a pílula anticoncepcional, uma vez que estes defeitos neurológicos acontecem já nos primeiros dias da gravidez.
Idosos: a partir dos 65 anos de idade a capacidade de absorção de vitaminas está claramente diminuída.
Tabagistas: diminui a absorção e disponibilidade das vitaminas do complexo B.
Alcoólicos: diminui e dificulta a absorção de vitaminas.

Doença de Crohn, colite ulcerativa, etc: enfermidades com evacuações freqüentes e diarréicas, prejudicam uma boa absorção desta vitamina.

Uso continuo de certos fármacos: anticoncepcionais orais, antinflamatórios, sedantes, soníferos, etc.
Existem certos medicamentos que interferem no metabolismo do folato diminuindo sua absorção.
Entre eles se destacam:
  • anti-inflamatórios como aspirina ou ibuprofeno em doses diárias altas,
  • anticonvulsivantes/antiepilépticos: como fenitoína e fenobarbital,
  • hipolipemiantes: aqueles que diminuem os niveles de colesterol .
  • metrotexato: usado para o tratamento da artrite reumatóide, psoríase e certos tipos de câncer,
  • antihiperglicemiantes: como buformina, fenformina y metformina,
  • anticonceptivos orais,
  • diuréticos.
  • antibióticos.
  • Os antibióticos e as sulfamidas inibem a síntese do ácido fólico, devido à destruição das bactérias intestinais que eles provocam. Anticonvulsivantes (fenitoína e barbitúricos)e contraceptivos orais podem ser responsáveis por uma de carência de ácido fólico.

Não existe hipervitaminose para ele, no entanto, o consumo excessivo induz a uma maior síntese de aminoácidos e ácidos nucléicos, reações que usam como cofatores, além do folato, a Vitamina B12; assim, pode-se chegar a uma baixa taxa desta vitamina(B12), devido ao excesso daquela.

Uma dose elevada de ácido fólico pode mascarar uma deficiência em vitamina B12.

Não deve por isso ser utilizada indiscriminadamente em pacientes com anemia, dado o risco de danos no sistema nervoso devidos à uma possível deficiência em vitamina B12, que ficará mascarada com a correção da anemia.

Ingestão elevada pode interferir com a absorção do zinco.

Dose elevadas podem reduzir os efeitos da medicação anti-epiléptica e assim aumentar a freqüência dos ataques epilépticos em pacientes susceptíveis.

Atualmente a maioria dos países que sofrem com doenças acometidas pela falta de ácido fólico estão suplementando os alimentos com esta importante vitamina. Vários produtos enriquecidos com AF começam a ser lançados no mercado, visando auxiliar na prevenção e no controle das doenças causadas pela deficiência dessa vitamina.

Recomendação para as mulheres grávidas é a ingestão média diária de 0,4 miligramas de folato por dia para proteger o desenvolvimento do embrião contra anomalias no cérebro e coluna vertebral.

O ácido fólico é desprovido de toxicidade porém, não deve ser consumido em forma de suplemento, sem orientação médica.

Existem pesquisas apontando a possibilidade de altas doses de ácido fólico estarem relacionadas ao câncer de mama em mulheres com mais de 35 anos, que eu concordo totalmente, portanto é bom alertar para se evitar a automedicação, principalmente com doses altas, maiores do que aquela que referi, até porque alguns alimentos estão enriquecidos com esta vitamina, também deve-se evitar a carência visto o que está exposto acima.