quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ácido Fólico

Descoberta nos anos 40, o ácido fólico é considerado uma vitamina hidrossolúvel (solúvel em água) que pertence ao complexo B.
Também conhecida como folacina ou folato cuja etimologia provém do latim 'folium' que significa folha.
Também conhecido por vitamina B9, o ácido fólico tem papel relevante na gravidez, além de ser eficiente no combate à anemia e às doenças cardiovasculares

O ácido fólico oferece benefícios ao aparelho cardiovascular, ao sistema nervoso, necessário para a produção de glóbulos vermelhos do sangue, fundamental para a formação do DNA e RNA garante que as células se dupliquem normalmente, na verdade, é necessário para todas as funções que exijam divisão celular. Imprescindível à formação neurológica fetal entre outros. Dada sua grande importância para o ser humano, muitos dos alimentos que hoje consumimos levam ácido fólico adicionado

Este ácido se forma no intestino a partir da nossa flora intestinal. Absorvido principalmente no intestino delgado, logo se distribui pelos tecidos através da circulação sanguínea e se armazena no fígado.
Cabelos (mantém a cor natural)
Com a manipulação dos alimentos, se pode chegar a perder ou destruir mais da metade do conteúdo natural de ácido fólico.

Destruído nas cocções prolongadas em abundante água, com o reaquecimento da comida e também com o armazenamento dos alimentos à temperatura ambiente.
O folato presente nos alimentos de origem animal como fígado de vaca é relativamente estável à cocção.

No entanto o conteúdo de folato de produtos vegetais pode ser perdido até 40% durante a cocção como também durante o armazenamento a temperatura ambiente por longos períodos de tempo.

Deficiência de ácido fólico

A deficiência de ácido fólico pode se manifestar através dos seguintes sintomas:

Anemia megaloblástica (os glóbulos vermelhos imaturos têm um tamanho maior que o normal), baixo peso, falta de apetite, debilidade, palidez, fadiga, náuseas, diarréias, mal humor, depressão, inflamação e rachaduras linguais (glossite), úlceras bucais, taquicardia, atraso no crescimento, cabelos brancos.

Fontes

Alguns exemplos de alimentos ricos em Ácido Fólico: Hortaliças verdes (espinafre, couve, couve flor);cogumelos; em quantidade significativa , sob a forma de poliglutamato, no timo da vitela, nos rins, nos músculos, nos ovos, frangos, queijos, além de outros vegetais como cenoura, ervilhas, batata e germe de trigo além de Levedo de cerveja.
Alfafa germinada, Germe de trigo, Grãos germinados,Hortaliças verdes e Cogumelos. Está presente em fracas doses no leite e praticamente ausente no leite de cabra (daí o perigo de se alimentar os bebês exclusivamente com esse leite).

Situações onde podem ser a necessários suplementos com ácido fólico:

Mulheres em idade fértil, grávidas ou amamentando: uma quantidade adequada deste é fundamental, uma vez que previne defeitos do tubo neural do feto, entre eles a espina bífida e a anencefalia. Todas as mulheres que tomam suplementos de ácido fólico antes da concepção reduzem em uns 50% os riscos de defeitos neurológicos no futuro bebê.
Iniciar a suplementação 3 meses antes de engravidar ou 3 meses antes de parar a pílula anticoncepcional, uma vez que estes defeitos neurológicos acontecem já nos primeiros dias da gravidez.
Idosos: a partir dos 65 anos de idade a capacidade de absorção de vitaminas está claramente diminuída.
Tabagistas: diminui a absorção e disponibilidade das vitaminas do complexo B.
Alcoólicos: diminui e dificulta a absorção de vitaminas.

Doença de Crohn, colite ulcerativa, etc: enfermidades com evacuações freqüentes e diarréicas, prejudicam uma boa absorção desta vitamina.

Uso continuo de certos fármacos: anticoncepcionais orais, antinflamatórios, sedantes, soníferos, etc.
Existem certos medicamentos que interferem no metabolismo do folato diminuindo sua absorção.
Entre eles se destacam:
  • anti-inflamatórios como aspirina ou ibuprofeno em doses diárias altas,
  • anticonvulsivantes/antiepilépticos: como fenitoína e fenobarbital,
  • hipolipemiantes: aqueles que diminuem os niveles de colesterol .
  • metrotexato: usado para o tratamento da artrite reumatóide, psoríase e certos tipos de câncer,
  • antihiperglicemiantes: como buformina, fenformina y metformina,
  • anticonceptivos orais,
  • diuréticos.
  • antibióticos.
  • Os antibióticos e as sulfamidas inibem a síntese do ácido fólico, devido à destruição das bactérias intestinais que eles provocam. Anticonvulsivantes (fenitoína e barbitúricos)e contraceptivos orais podem ser responsáveis por uma de carência de ácido fólico.

Não existe hipervitaminose para ele, no entanto, o consumo excessivo induz a uma maior síntese de aminoácidos e ácidos nucléicos, reações que usam como cofatores, além do folato, a Vitamina B12; assim, pode-se chegar a uma baixa taxa desta vitamina(B12), devido ao excesso daquela.

Uma dose elevada de ácido fólico pode mascarar uma deficiência em vitamina B12.

Não deve por isso ser utilizada indiscriminadamente em pacientes com anemia, dado o risco de danos no sistema nervoso devidos à uma possível deficiência em vitamina B12, que ficará mascarada com a correção da anemia.

Ingestão elevada pode interferir com a absorção do zinco.

Dose elevadas podem reduzir os efeitos da medicação anti-epiléptica e assim aumentar a freqüência dos ataques epilépticos em pacientes susceptíveis.

Atualmente a maioria dos países que sofrem com doenças acometidas pela falta de ácido fólico estão suplementando os alimentos com esta importante vitamina. Vários produtos enriquecidos com AF começam a ser lançados no mercado, visando auxiliar na prevenção e no controle das doenças causadas pela deficiência dessa vitamina.

Recomendação para as mulheres grávidas é a ingestão média diária de 0,4 miligramas de folato por dia para proteger o desenvolvimento do embrião contra anomalias no cérebro e coluna vertebral.

O ácido fólico é desprovido de toxicidade porém, não deve ser consumido em forma de suplemento, sem orientação médica.

Existem pesquisas apontando a possibilidade de altas doses de ácido fólico estarem relacionadas ao câncer de mama em mulheres com mais de 35 anos, que eu concordo totalmente, portanto é bom alertar para se evitar a automedicação, principalmente com doses altas, maiores do que aquela que referi, até porque alguns alimentos estão enriquecidos com esta vitamina, também deve-se evitar a carência visto o que está exposto acima.

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