segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BENEFÍCIOS DA ROMÃ




A romã, cujo nome científico é Punica granatum, pertence à família das punicáceas.

Nativa da Pérsia e cultivada no Irã desde 2000 AC, foi levada pelos fenícios para o Mediterrâneo de onde se difundiu para as Américas, chegando ao Brasil através dos portugueses.

0 cultivo da romã deve ter sido introduzido na Península ibérica pelos árabes, em 711.

A cidade de Granada, fundada pelos mouros no século X, tirou o nome precisamente da romã (em espanhol «granada»), que também faz parte do seu brasão de armas.

A fruta de cor vermelho escuro, com flores de uma tonalidade intensa, cujas sementes abundantes são o símbolo da fertilidade. É uma das espécies cultivadas desde os mais antigos tempos e empregadas em usos domésticos.

Nos textos do antigo Egito encontra-se mencionada sob o nome de «schedech-it» uma espécie de limonada que se obtinha da polpa da romã, um pouco ácida e refrescante.

No Japão, ela é conhecida como Kishimojin, usada para estimular a fertilidade. Na China e no Islamismo a romã tem um papel como

símbolo de fertilidade e abundância.

No Cristianismo, representa ressurreição, vida eterna e fertilidade

O uso dietético e terapêutico da romã é antigo. As principais propriedades medicinais da romã são conhecidas desde a antiguidade,

Hipócrates (460-377 A.C) empregava o suco das romãs como estomacal nos enfermos.

Segundo registros do antigo herbário chinês, o suco de romã aumenta a longevidade.

Atualmente pesquisas sobre as propriedades curativas da romã são sérias e muito promissoras.

Muito rica em compostos antioxidantes.

Ela é rica em ácidos fenólicos e também em flavonóides, que dão uma cor avermelhada ao suco.

Descobriram no suco da romã um poderoso flavonóide antioxidante, mais eficiente na prevenção de problemas cardíacos do que o existente no tomate e no vinho tinto. O suco, a polpa e a casca da romã são portadoras de propriedades que podem promover a redução do colesterol, retardam o envelhecimento e talvez, possam levar à prevenção do câncer. No caso de amigdalites bacterianas, faringites virais e inflamação das gengivas o uso de gargarejos com cocção induz a remissão do quadro infeccioso e também da febre, em curto espaço de tempo. A raiz e a casca da fruta são utilizadas como anti-helmíntico, ou seja contra taenias.

Constituintes químicos:

Possui mais de oitenta compostos fitoquímicos, além de micronutrientes, distribuídos por todas as partes, flor, fruto e casca da árvore.

Alcalóides (peretierina, isoperetierina, metil-isoperetierina, pseudo-peretierina), taninos, Vitamina B1 (tiamina), Vitamina B2 (riboflavina), sais minerais (fósforo, potássio, sódio, cálcio, manganês, ferro).
Casca do fruto: taninos, resina, açucares, pigmentos (antocianinas).
Flores: taninos e pigmentos (antocianinas).
Sementes: ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico), vitamina C, água, açucares.

A romã é um dos alimentos mais ricos em manganês, e seu conteúdo em vitamina B2 (riboflavina) é dos mais altos.

Propriedades medicinais:

Já existem muitos estudos demonstrando diversas propriedades medicinais, porém ainda carecem de mais pesquisas em seres humanos.

As possibilidades são muitas e bastante promissoras.

 Dentre estas propriedades destacam-se:

Propriedades antioxidantes, hipoglicemiante, redutora de colesterol,

atividade antivirótica, anti-helmíntica, antifúngica,

antibacteriana, preventiva de câncer, reparação de

feridas e com atividade estrogênica.

Dentre estas propriedades destacam-se as propriedades antimicrobiana e antiinflamatória

Sempre é bom enfatizar que muitas destas propriedades estão em fase de pesquisa e que também dependem de princípos farmacológicamente ativos identificados, que precisam ser localizados em partes específicas da planta, que dependem de quantidades, e da forma de extração, para que possam exercer suas atividades curativas.

Cuidados:

A casca da romã contém como substâncias ativas, quatro alcalóides diferentes (derivado da piperidina), especialmente 0,4-1,0 % de peletierina, veneno espasmódico, que depois de se comportar como agente espasmódico, dá lugar a uma paralisia central generalizada. Os primeiros sintomas de uma intoxicação são dados por alterações visuais, vertigens e vômitos.

A casca da romã contém considerável quantidade (20 a 28%) de glucósidos adstringentes, que com facilidade produzem prisão de ventre; também contém resinas, amido, ácido málico, oxalatos, um corante amarelo e de 3 a 20 por cento de minerais.

A ingestão de grande quantidade de sementes de romã, pode desencadear um quadro clínico de broncoespasmo, resultando em crise asmática, em pacientes predispostos.

 Dra Maria Elizabeth Ayoub.

Médica especialista em Nutrologia e Terapia Biomolecular.




 

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